A Fifa aumentou a suspensão do presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, de todas as atividades relacionadas ao futebol por mais 45 dias. O anúncio foi feito pela entidade máxima da modalidade esportiva nesta quarta-feira (14). O dirigente já havia sido punido por 90 dias em dezembro do ano passado. O prazo da punição foi prorrogado até o dia 15 de abril. Neste período, a Fifa decidirá se vai punir Del Nero de forma definitiva ou se vai arquivar o caso contra o dirigente. Ele já era investigado pelo Comitê de Ética da entidade máxima desde dezembro de 2015, quando foi indiciado por sete crimes de corrupção pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos. O mesmo que o ex-presidente da CBF, José Maria Marin, foi condenado. Del Nero é acusado de receber subornos no total de 6,5 milhões de dólares para beneficiar agências de marketing esportivo em contratos da CBF e da Conmebol. A Fifa baseou sua decisão de suspendê-lo nas evidências apresentadas no julgamento de Marin no Tribunal Federal do Brooklyn, em Nova York, no final de 2017. Del Nero e Marin foram chamados de gêmeos siameses pelo delator Alejandro Burzaco, um empresário argentino que confessou ter distribuído milhões de dólares para cartolas do futebol sul-americano. Caso seja punido, Del Nero já preparou um sucessor na CBF, trata-se de Rogério Caboclo, diretor-executivo de sua gestão nos últimos anos. Caboclo tem 45 anos e deverá ser o candidato único na eleição presidencial da entidade que controla o futebol brasileiro. O pleito pode ser marcado para qualquer data entre abril de 2018 a abril de 2019.