O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, subiu o tom contra a Rússia nesta quarta-feira (11) e avisou que mísseis “bacanas, novos e inteligentes” estão chegando à Síria. O anúncio da ação militar acontece quatro dias após o governo de Bashar Al-Assad ser acusado de lançar um ataque químico que matou dezenas na região de Guta Oriental, no sábado.
“Nosso relacionamento com a Rússia é pior agora do que nunca, e isso inclui a Guerra Fria. Não há razão para isso. A Rússia precisa de nos ajudar com sua economia, algo que seria muito fácil de fazer, e precisamos que todas as nações trabalhem juntas. Vamos parar a corrida armamentista?”, escreveu ainda o americano, num outro post no Twitter.
O presidente russo Vladimir Putin adotou um tom conciliador ao responder às advertências de Trump. “A situação no mundo está se tornando cada vez mais caótica. Contudo, esperamos que o bom senso prevaleça e as relações internacionais entrem em um caminho construtivo”, disse, ao receber as credenciais de vários embaixadores no Kremlin.
A porta-voz do Ministério de Relações Exteriores russo, por sua vez, respondeu ao pedido do americano dizendo que seria uma “grande ideia” acabar com a corrida armamentista. “Comecemos com as armas químicas dos EUA”, retrucou.
Logo após a declaração de Trump, o chanceler russo, Serguei Lavrov, também se manifestou, afirmando que os mísseis americanos deveriam ser direcionados a terroristas, não para um “governo legítimo”.
Nesta manhã, o governo russo já tinha feito uma advertência para o perigo de qualquer ação no país. “Como antes, esperamos que todas as partes evitem qualquer ação, que em nenhum caso seria justificável e que poderia desestabilizar a já frágil situação da região. A situação atual é muito tensa”, afirmou Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin.